quinta-feira, 18 de setembro de 2008

as voltas que o mundo do futebol dá

olá, amigos!
a saudade que sinto de escrever sobre o botafogo aqui no blog me mostra o quanto eu gosto dessa tarefa, mas não vou voltar a fazê-lo agora.
satisfaço-me ao fazer isso uma vez por semana, no blog do meu amigo rodrigo federman, o cantinho botafoguense, toda segunda-feira.
mas, para deixar o domínio registrado e mostrar que pretendo voltar a ativar o blog um dia, deixo aqui um texto que escrevi lá no cantinho, no dia 19/08/2008. e, apesar dos empates contra o vasco e náutico e a derrota para o internacional, ainda penso da mesma forma.
em tempo, o blog não está com formatação definitiva. isso será feito mais adiante.
um grande abraço a todos!!!
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as voltas que o mundo do futebol dá
1º de maio de 2008, quinta-feira que antecede a final do campeonato carioca de 2008...
coração dividido. – vou ou não vou? se eu dividir em 3x, termino de pagar em julho. mas e o casório? não dá pra mim... mas não vou pagar hospedagem, hummm, acho que dá...
ainda na dúvida, exclamo pra mim mesmo: – mas fábio, é muito masoquismo. você sabe que o botafogo vai perder.
é, amigos, algo, no fundo, me soprava no ouvido que não seríamos campeões. não era pura e simplesmente um pessimismo típico de um botafoguense, mas um reconhecimento de que a equipe não vinha bem. o resultado dessa história é conhecido por todos...
agora, estamos no dia 27 de maio, terça-feira, véspera do segundo jogo da semi-final da copa do brasil...
as férias foram propositais e tinham o único propósito de acompanhar o botafogo onde ele estivesse para ser campeão do brasil.
recife e rio de janeiro eram os próximos "prováveis" lugares para onde eu iria até o final da saga e, para essa maratona toda, não havia a menor po$$ibilidade de ir de avião.
minha noiva parecia questionar para si mesma se eu seria capaz de fazer aquela aventura toda por ela. e eu parecia querer mostrar pra todos o tamanho da paixão que sinto pelo botafogo, como se isso fosse mensurável.
no morumbi, os sentimentos opostos se revezavam: no primeiro gol deles, a certeza de que não daria mais. no nosso empate, agradecimento aos céus. o placar do final do jogo mostrava, claramente, que havia algo de muito errado com o botafogo, que não conseguia mostrar seu futebol diante de um time literalmente de segunda.
nos penais, o amigo do blog se abaixa e se recusa a ver o que viria pela frente, inclusive, e principalmente, o tiro frustrante do zé carlos.
pressa pra ir embora. meia hora depois, já no hotel, meu pai no telefone. pra ele, falei que daria um tempo. ele respondeu: – levanta a cabeça e volta pra casa porque seu coração chegará aqui ainda mais botafoguense!
ele tinha razão, como sempre.
mas os dias seguintes, que marcaram as piores férias que já pude tirar, mostrariam pro meu pai herói que meu coração estava muito arranhado.
foram dias que me fizeram pensar no pior, especialmente depois da confirmação do técnico (?) que comandaria (?) o time a partir dali.
irritação, desespero, indignação, raiva, tristeza, baixo-estima... qual era o sentimento que mais tomava conta de nós, botafoguenses, diante de tantas omissões do time do asno?
aqui no blog, no primeiro texto da coluna, escrevi que temia até mesmo que o bebeto de freitas entregasse o clube na segunda divisão, tal qual encontrou.
e, por incrível que pareça, uma vexatória e humilhante derrota na bahia, para o vitória, marcaria uma virada absolutamente inesperada do botafogo no campeonato brasileiro, que começaria, obviamente, com a saída do ... deixa pra lá!
curioso é que, naquele dia, um grande amigo vascaíno me ligou depois do quinto gol para dizer que não agüentaria ver o botafogo apanhar daquele jeito e não falar nada pra mim.
mas seria ney franco o homem da salvação? para mim, com toda certeza, não e hoje, afirmo categoricamente que preciso rever meus conceitos sobre futebol.
por ironia do destino, a última rodada do turno terminaria de forma incrível, com uma vitória sensacional do botafogo em cima de um dos grandes favoritos ao título, com gol aos 34 minutos do segundo tempo.
terminou? não. Porque, ainda eufórico, dois minutos depois, alguém levaria o quinto gol, também na bahia, também do vitória. quem? pensem direitinho...
não liguei de volta. perder meu tempo?
minha concentração, hoje, está apenas no botafogo. não quero saber dos outros. a consistência que vem sendo apresentada pelo time do ney franco me mostra que não preciso me preocupar com eles.
além disso, essa consistência me mostra, também, que eu não entendo patavinas nenhuma de futebol.
hoje, acredito que o nosso querido time, ao contrário do que se imaginava depois da tristeza do morumbi, pode ir longe......
afinal, há coisas que só acontecem com o botafogo.
saudações positivamente botafoguenses!!!
aqui, você lê o texto lá no blog do rodrigo, onde ele foi postado originalmente.