todos que frequentam este espaço constantemente sabem o tanto que sou fã do u2. hoje, resolvi abordar um assunto que há muito conhecemos e quero fazer uso daquela que eu acho a maior turnê de rock que o mundo já viu: a zoo tv, do u2, no início dos anos 90.
me senti motivado a escrever sobre esse assunto após ler este excelente artigo do meu amigo vascaíno diego louzada, que comanda com maestria o blog sou vascaíno.
em 1987, já aclamado na europa, a banda traçou uma trajetória projetando maior reconhecimento nos estados unidos e lançou o que seria, até hoje, o seu maior álbum da carreira, o the joshua tree. o disco tinha músicas muito identificadas com os americanos. logo em seguida, veio o album rattle and rum, que surgiu na turnê pelos estados unidos.
com o sucesso nessa empreitada, a banda definitivamente havia se tornado um sucesso mundial.
a imprensa europeia, talvez enciumada, passou a inventar mentiras e fofoquinhas e considerou que a banda estava chata, metida, que havia se esquecido das raízes europeias e que queria se comparar aos beatles e elvis presley, simplesmente pelo fato de tê-los homenageado na turnê por terem sido algumas de suas principais referências na música.
a resposta da banda veio com o álbum que eu considero o mais extraordinário que já ouvi, achtung baby!. a turnê desse disco foi algo espetacular, cuja mensagem maior foi: "WATCH MORE TV".
a ideia era clara: acredite em tudo o que a tv diz e sinta-se orgulhosamente manipulado.
que banda teria coragem de dar aquilo que poderia ser um tiro no próprio pé? apenas uma banda com uma mensagem verdadeira, inteligente, independente e com um talento inquestionável.
passamos a ver personagens incríveis criados pelo bono, iguais àqueles que a mídia havia criado sobre ele quando buscava seu sucesso nos estados unidos e, consequentemente, no mundo.
ele se tornou, em cima do palco, um cara chato, egoísta, metido, megalomaníaco, dentre outros adjetivos, e, quando questionado sobre isso pela imprensa nas entrevistas, dizia que lá ele era apenas o que os jornalistas pareciam querer que ele fosse e que estava aprendendo a mentir, tal qual a imprensa fazia.
sensacional!
ele criou o the fly, uma versão estereotipada de um popstar, com roupas pretas de couro, óculos escuros e com atitudes que misturavam arrogância, pretensão, sarcasmo, cinismo e provocações sexuais.
tudo isso em uma mesma turnê, em um palco gigante, um cenário incrível, uma revolução para o início dos anos 90.
essa transformação da banda é a fase que mais me cativa até hoje, pelas contestações, o bom humor e o talento mostrado em um experimentalismo incrível. depois de conversarmos sobre o assunto no jogo do botafogo no bezerrão, vi que o meu amigo foquinha pensa diferente de mim e prefere o som do também espetacular unforgettable fire, de meados dos anos 80.
o resultado foi que a banda se mostrou para o mundo como polivalente, audaciosa, contestadora e, acima de tudo, inteligente, sem medo de enfrentar o que a mídia induzida e manipuladora poderia falar ou escrever.
aí eu cheguei ao ponto principal do texto, que, perdoem-me, não é mostrar quanto sou fiscurado no u2.
a imprensa gosta de criar verdades, de ser a dona da razão. a imunda rede globo passa ao brasil aquilo que a nassão manipulada quer ouvir. como bem falou o diego no texto dele, lemos, vimos e ouvimos ontem e anteontem os jornais se preocuparem com a resposta do santinho juan, que se fez de coitadinho e disse que não agrediu ninguém. o cuca disse que aquilo é uma atitude "normal no futebol" e ninguém o contesta, coisa que seria completamente diferente acontecesse no time que ele dirigia no ano passado.
não vi jornal nenhum falando dos pênaltis que não foram marcados a favor do botafogo, mas vi alguns falarem que o botafogo estava "parando a partida a todo custo". é mole? quantas faltas foram invertidas a favor do lixo da gávea pra gente ainda ter que se deparar com uma afirmação dessas?
como se não bastasse, a globo manipulou o áudio da transmissão, omitindo o som quando o botafogo estava com a posse da bola e preferiu falar que "apoiado pela imensa maioria, o framengo conseguiu o empate".
curioso, os mais de cinquenta minutos que a torcida imunda ficou em silêncio não foram informados pelos jornais.
francamente, tudo isso dá muito nojo. pelo terceiro ano seguido, estamos vendo isso acontecer.
qual é a nossa? porque ainda acompanhamos tudo isso? porque eu gastei meu pouco dinheiro que ganho para ir ao rio apoiar o botafogo?
porque tentamos, tal qual o bono, ir contra a vontade da imprensa e dos poderosos? mas será que, assim como o bono, teremos sucesso nessa disputa?
sinceramente, são respostas vazias. o que sabemos é que o botafogo está no nosso dna, percorre nossas veias e pulsa junto com o nosso coração, ao contrário do que pensa a imprensa nojenta comandada pela rede globo.
e nós precisamos, contra a imundície que aí está, apoiar nosso time e acreditar até o último minuto.
eu te amo, botafogo.
saudações botafoguenses!!!
...conduzido por uma estrela solitária...