depois do natal, rumei para um destino que eu sabia que me emocionaria.
eu só não sabia que uma das razões da emoção seria exatamente aquilo que eu me propunha a esquecer por alguns dias: o botafogo.
depois do tenebroso ano de 2009 para nós, botafoguenses, fui para o interior de goiás com o propósito de dar um tempinho do botafogo, para revigorar as energias para mais um ano pela frente e que tem tudo para ser... a mesma coisa, senão pior.
o palco? um pedaço de terra onde eu vivi dias maravilhosos na minha infância e que uma separação traumática no meio me afastou daquele lugar que, pra mim, é o verdadeiro retrato do paraíso.
se não entenderam, eu vou explicar rapidamente.
dentre a enorme quantidade de tios e primos que eu tenho, quando criança, sempre me identifiquei mais com a família do meu tio zé maurílio, irmão do meu pai, e a razão eram os meus primos deusângelo e josângelo, com idades parecidas com a minha.
completavam a família a minha tia ângela e minha prima, a caçula deles, angélica.
nas minhas férias e nos feriados, eu sumia para anápolis, onde moram, e, de lá, íamos para o pedaço de terra que é o destaque deste texto, no município de silvânia.
lá, passava dias e dias e me esquecia de todo o resto.
mas, como falei, em meados dos anos 90, houve uma separação traumática no meio, que ocasionou outras separações.
primeiro, a do meu tio e da minha tia, que provocou um triste racha na família e a separação dos meus primos do meu tio.
em consequência, aquele mundo ficou distante não só dos meus primos mas também de mim.
por anos e anos, eu, meu pai e outros tios tentamos fazer com que se unissem outra vez, algo que só foi possível de uns dois ou três anos para cá.
e depois de muito tempo, diria que uns catorze ou quinze anos pelo menos, eu voltei àquele cenário maravilhoso, onde quase tudo me lembrou o botafogo, até mesmo um copo velho em cima da mesa da cozinha...
ali, os programas eram acordar cinco da matina para tirar o leite das vacas leiteiras, andar muito à cavalo, algo que amo fazer, jogar golzinho com meus primos e tios, comer a deliciosa comida goiana feita no fogão de lenha, tomar banho nos rios, pescar, jogar truco, ouvir música caipira e contar histórias...
tudo isso, nesse cenário e com esses personagens, virou saudade por um bom tempo.
hoje, tanto meu tio quanto minha tia têm suas vidas e, graças ao bom Deus, as rusgas diminuíram, embora ainda não tenham sido todas exterminadas.
a relação com os meus primos nunca mudou e pudemos rever e contar as histórias que vivemos ali direto da chácara firmeza.
ao entrar, dei de cara logo com a imagem de um botafogo que emocionou, venceu traumas, honrou a camisa e superou suas próprias limitações para por fim em um sofrimento sem tamanho...
o título de 89 é, para muitos alvinegros, o maior da história do clube.
mas o que me fez ir às lágrimas de verdade foi o desenho do escudo que fizemos com um pedaço de carvão, um dia depois daquela derrota trágica no primeiro jogo da final do brasileiro de 92...
ali, com o coração partido por ter visto um título brasileiro escapar para o maior rival em um dia desastrado, fizemos o desenho acima, como forma de desabafo ou, mesmo, de mostrar que não importa como mas somos botafogo.
percebam que meu tio, nesses longos anos em que não fomos pra lá, mandou pintar a casinha, mas não deixou que ninguém desfizesse o desenho.
emocionante demais para mim!
eu e meu primo deusângelo
é impossível te esquecer, botafogo.
é por essas e outras que sou, cada dia mais, conduzido pela força dessa estrela solitária.
eu te amo, botafogo.
um feliz 2010 a todos!!!
eu só não sabia que uma das razões da emoção seria exatamente aquilo que eu me propunha a esquecer por alguns dias: o botafogo.
depois do tenebroso ano de 2009 para nós, botafoguenses, fui para o interior de goiás com o propósito de dar um tempinho do botafogo, para revigorar as energias para mais um ano pela frente e que tem tudo para ser... a mesma coisa, senão pior.
o palco? um pedaço de terra onde eu vivi dias maravilhosos na minha infância e que uma separação traumática no meio me afastou daquele lugar que, pra mim, é o verdadeiro retrato do paraíso.
se não entenderam, eu vou explicar rapidamente.
dentre a enorme quantidade de tios e primos que eu tenho, quando criança, sempre me identifiquei mais com a família do meu tio zé maurílio, irmão do meu pai, e a razão eram os meus primos deusângelo e josângelo, com idades parecidas com a minha.
completavam a família a minha tia ângela e minha prima, a caçula deles, angélica.
nas minhas férias e nos feriados, eu sumia para anápolis, onde moram, e, de lá, íamos para o pedaço de terra que é o destaque deste texto, no município de silvânia.
lá, passava dias e dias e me esquecia de todo o resto.
mas, como falei, em meados dos anos 90, houve uma separação traumática no meio, que ocasionou outras separações.
primeiro, a do meu tio e da minha tia, que provocou um triste racha na família e a separação dos meus primos do meu tio.
em consequência, aquele mundo ficou distante não só dos meus primos mas também de mim.
por anos e anos, eu, meu pai e outros tios tentamos fazer com que se unissem outra vez, algo que só foi possível de uns dois ou três anos para cá.
e depois de muito tempo, diria que uns catorze ou quinze anos pelo menos, eu voltei àquele cenário maravilhoso, onde quase tudo me lembrou o botafogo, até mesmo um copo velho em cima da mesa da cozinha...
ali, os programas eram acordar cinco da matina para tirar o leite das vacas leiteiras, andar muito à cavalo, algo que amo fazer, jogar golzinho com meus primos e tios, comer a deliciosa comida goiana feita no fogão de lenha, tomar banho nos rios, pescar, jogar truco, ouvir música caipira e contar histórias...
tudo isso, nesse cenário e com esses personagens, virou saudade por um bom tempo.
hoje, tanto meu tio quanto minha tia têm suas vidas e, graças ao bom Deus, as rusgas diminuíram, embora ainda não tenham sido todas exterminadas.
a relação com os meus primos nunca mudou e pudemos rever e contar as histórias que vivemos ali direto da chácara firmeza.
ao entrar, dei de cara logo com a imagem de um botafogo que emocionou, venceu traumas, honrou a camisa e superou suas próprias limitações para por fim em um sofrimento sem tamanho...
o título de 89 é, para muitos alvinegros, o maior da história do clube.
mas o que me fez ir às lágrimas de verdade foi o desenho do escudo que fizemos com um pedaço de carvão, um dia depois daquela derrota trágica no primeiro jogo da final do brasileiro de 92...
ali, com o coração partido por ter visto um título brasileiro escapar para o maior rival em um dia desastrado, fizemos o desenho acima, como forma de desabafo ou, mesmo, de mostrar que não importa como mas somos botafogo.
percebam que meu tio, nesses longos anos em que não fomos pra lá, mandou pintar a casinha, mas não deixou que ninguém desfizesse o desenho.
emocionante demais para mim!
eu e meu primo deusângelo
é impossível te esquecer, botafogo.
é por essas e outras que sou, cada dia mais, conduzido pela força dessa estrela solitária.
eu te amo, botafogo.
um feliz 2010 a todos!!!
6 comentários:
Fabião,
Desse jeito você mata o tiozinho aqui!
Os estudiosos e Kardecistas dizem que as maiores provas estão dentro da própria família! Esses casos de separação eu conheço e bem!
Quando você postou um comentário no CB, do Rodrigo, eu percebi o quanto tinha de felicidade naquelas linhas!
Que esse reencontro seja o primeiro de vários outros com as rusgas exterminadas. Que na próxima vez possam pintar outros escudos, mas comemorando o nosso título da Libertadores e Mundial.
Abs e Sds, BOTAFOGUENSES!!!
show de post em fabio. é isso aê. mas voltando à realidade nua e crua do BFR. tu viu que o omisso prometeu ma contratação que iria "balançar"/"enlouquecer", etc a torcida???? tu viu??? pois é. Se esse tal de El Loco Abreu for a quem o omisso estava se referindo então é para nos enlouquecer mesmo, enlouquecer de raiva e ódio. 2010 realmente será longo.
Feliz 2010! Lindo post, me emocionei! Que vc tenha um ano cheio de realizações e alegrias! Que esse ano seja iluminado pela estrela solitária! Beijokas!
oi, karlinha!
que bom que gostou!
e que bom que apareceu por aqui.
senti sua ausência por aqui.
também desejo que tenha um 2010 de muitas realizações.
para você e toda a família, especialmente para o seu irmão tão especial.
e que o botafogo nos surpreenda neste 2010, né?
valeu, derlano!
cara, como eu te falei ontem, eu acho que a chegada do abreu pode ser muito boa.
mas ainda fico esperando o craque pra parar o aeroporto.
gil,
pois é, meu amigo... esses casos de separação mexem com toda uma família.
essa, em especial, foi muito complicada. levou anos para cada um reestabelecer suas vidas.
mas não há mal que dure para sempre.
fiquei mesmo muito feliz em voltar para aquele pedacinho de terra de 7,5 alqueires, onde passei grandes momentos da infância e adolescência.
agora, quero ir lá sempre.
o final de semana que der, tô indo pra lá.... hehe
e que apareçam outros escudos nas paredes, mas comemorando títulos.
abração, meu amigo!
saudações botafoguenses a todos!!!
Fabião, excelente história! Emocionante narrativa!
Esse sim é o verdadeiro Botafogo, amigo!
O Botafogo que nós tanto amamos e o Botafogo que a quadrilha liderada pelo Omissão não faz ideia que existe!
Abs e SA!!!
valeu, rodrigão!
tem toda razão quando fala que esse é um botafogo que a quadrilha não conhece. não tem nem ideia de que existe...
abração!
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