quinta-feira, 28 de maio de 2009

botafogo, eu te amo

amigos, estou correndo muito tanto no trabalho quanto na vida pessoal e mal tenho tido tempo de ler o noticiário sobre o clube.

a correria em excesso, espero eu, é passageira e, quando tudo normalizar (ou seja, quando a correria não for em excesso), normalizarei a frequência dos posts e a visita e comentários aos blogs amigos.

por ora, quero agradecer a diretoria por me ter me dado a oportunidade de ver um grande ídolo novamente com a blusa gloriosa do botafogo.

é óbvio que não estou falando do yellow flávio, sobre o qual falarei mais em breve aqui.

falo dele, que é o maior ídolo que eu vi jogar pelo botafogo: túlio maravilha.



foto: vestiarioalvinegro.com.br

eu te amo, botafogo.

faltam 43...

saudações botafoguenses!!!

...conduzido por uma estrela solitária...

5 comentários:

Adauto disse...

Fábio,

Recebi por "e-mail" e achei muito "bacana". Não sei quem é o autor.


ONDE FOI PARAR O TEMPO?


Sobre o tempo que ganhamos.

Havia mais terrenos baldios. E menos canais de televisão. E mais cachorros vadios. E menos carros na rua. Havia carroças na rua. E carroceiros fazendo o pregão dos legumes.

E mascates batendo de porta em porta. E mendigos pedindo pão velho. Por que os mendigos não pedem mais pão velho?

A Velha do Saco assustava as crianças. O saco era de estopa.
Não havia sacos plásticos, levávamos sacolas de palha para o supermercado.

E cascos vazios para trocar por garrafas cheias. Refrigerante era caro. Só tomávamos no fim de semana. As latas de cerveja eram de lata mesmo, não eram de alumínio. Leite vinha num saco. Ou então o leiteiro entregava em casa, em garrafas de vidro.

Cozinhava-se com banha de porco.
Toda dona-de-casa tinha uma lata de banha debaixo da pia. O barbeador era de metal, e a lâmina era trocada de vez em quando. Mas só a lâmina. As camas tinham suporte para mosquiteiro.

As casas tinham quintais. Os quintais tinham sempre uma laranjeira, ou uma pereira, ou um pessegueiro. Comíamos fruta no pé.
Minha vó tinha fogão a lenha. E compotas caseiras abarrotando a despensa. E doce de abóbora, e uvada, e pão de casa.

Meu pai tinha um amigo que fumava palheiro. Era comum fumar palheiro na cidade; tinha-se mais tempo para picar fumo. Fumo vinha em rolo e cheirava bem. O café passava pelo coador de pano. As ruas cheiravam a café. A Chaleira apitava. O que há com as chaleiras de hoje que não apitam?

As lojas de discos vendiam long plays e fitas K7. Supimpa era ter um três-em-um: toca-disco, toca-fita e rádio AM (não havia FM).
Dizia-se 'supimpa', que significa 'bacana'. Pois é, dizia-se 'bacana', saca?

Os telefones tinham disco. Discava-se para alguém. Depois, punha-se o aparelho no gancho. Telefone tinha gancho. E fio. Se o seu filho estivesse no quarto dele e você no seu escritório, você dava um berro pra chamar o guri, em vez de mandar um e-mail ou um recado pelo MSN.

Estou falando de outro milênio, é verdade. Mas o século passado foi ontem! Isso tudo acontecia há apenas 20 ou 25 anos, não mais do que o espaço de uma geração.
A vida ficou muito melhor. Tudo era mais demorado, mais difícil, mais trabalhoso.

Então por que engolimos o almoço? Então por que estamos sempre atrasados? Então por que ninguém mais bota cadeiras na calçada?

Alguém pode me explicar onde foi parar o tempo que ganhamos?

Adauto disse...

Pois é,

Falar só de coisas boas...

...
...
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...

Depois do trabalho, à noite, irei dar uma corrida no Parque de Águas Claras e depois tomar uma bem gelada.
Quem sabe no boteco tenha um bom violão tocando Chico, Caetano, MPB4, Tom, etc? Estarei no céu, bem longe do caos.

Abraço

snoopy em p/b disse...

adauto,
belíssimo texto.
caramba, é impressionante como vem um passado todo em nossas mentes.
lembranças maravilhosas.
valeu, amigo!

abração e sds. botafoguenses!!!

Ruy Moura disse...

Belísimo texto publicado pelo Adauto!

Eu reformulei a minha vida para ter tempo, isto é, coisas mais demoradas com almoço e jantar em casa, trabalho também, cadeira no jardim ou no alpendre. É incrivelmente melhor do que andar correndo sem saber para onde. O que os sistemas montados pelo homem fazem ao homem...

Sobre o Túlio: gosto dele, mas está velhinho... não creio muito nos mil gols...

Abraços Gloriosos!

snoopy em p/b disse...

olá, rui!
concordo contigo.
tenho vivido de forma tão corrida que um texto como esse soa como nostálgico.
maravilhoso!

eu acredito no gol 1.000.
viva túlio maravilha! hehe

abraços